A primeira coisa que se precisa em uma
prova é calma, tranqüilidade. Se você começar a ficar nervoso,
sente-se e simplesmente respire. Respire calma e tranqüilamente,
sentindo o ar, sentindo sua própria respiração.
Após
uns poucos minutos verá que respirar é um ótimo calmante. Procure
manter-se em estado alfa, ou seja, combine calma e atenção.
Comece
a ver a prova como algo agradável, como uma oportunidade, visualize-se
calmo e tranqüilo. Lembre-se que "treino é treino e jogo é jogo" e que
os jogadores gostam mesmo é de jogar: a prova é a oportunidade de
jogar pra valer, de ir para o campeonato.
Fazer
provas é bom, é gostoso, é uma oportunidade. Conscientize-se disso e
enquanto a maioria estiver tensa e preocupada, você estará feliz e
satisfeito. Um dos motivos pelos quais eu sempre rendi bem em provas é
porque considero fazer provas algo agradável. Imagine só, às vezes a
gente vai para uma prova desempregado e sai dela com um excelente cargo!
Mesmo quando não passamos, a prova nos dá experiência para a próxima
vez. Comece a ver, sentir e ouvir "fazer prova" como algo positivo, como
uma ocasião em que podemos estar tranqüilos, calmos e onde podemos
render bem.
Ao fazer uma prova,
nunca perca de vista o objetivo: passar. O objetivo não é ser o
primeiro colocado (o que é uma grande ilusão, já que ser o primeiro
traz mais problemas do que vantagens). Também não é mostrar que é o
bom, o melhor, o "sabe-tudo". O objetivo é acertar as questões, tentar
fazer o máximo de pontos mas ficar feliz se acertar o mínimo para
passar.
Só isso.
A
simplicidade e a objetividade são indispensáveis na prova, ladeadas
com o equilíbrio emocional e o controle do tempo. Para passar lembre-se
que você precisa responder aquilo que foi perguntado. Leia com atenção
as orientações ao candidato e o enunciado de cada questão.
Em
provas objetivas, seja metódico ao responder. Em provas dissertativas,
seja objetivo e mostre seus conhecimentos. Por mais simples que seja a
questão, responda-a fundamentadamente. No início e no final seja
objetivo; no desenvolvimento (no miolo), procure demonstrar seus
conhecimentos. Nessa parte, anote tudo o que você se recordar sobre o
assunto e estabeleça relações com outros. Sem se perder, defina
rapidamente conceitos e classificações. Se souber, dê exemplos. Aja com
segurança: se não tiver certeza a respeito de um comentário, adendo ou
exemplo, evite-o. "Florear" a resposta sem ter certeza do que está
escrevendo não vale a pena. Isso só compensa se tratar-se do ponto
central da pergunta, do cerne da questão. Nesse caso, se o erro não for
descontado dos acertos, arrisque a resposta que lhe parecer melhor.
Utilize
linguagem técnica. A linguagem de prova é formal, de modo que não se
deixe enganar pela coloquial. Substitua termos, se preciso. Ex.: "Eu
acho", "Eu entendo", "Entendo que".
Correção
lingüística. Tão ruim quanto uma letra ilegível ou uma voz inaudível é
a letra bonita ou a voz tonitruante com erros de português. O estudo
da língua nunca é desperdício e deve ser valorizado. Além disso, a
leitura constante aumenta a correção da exposição escrita ou falada.
Evitar
vaidades ou "invenções". Muitos querem responder o que preferem, do
jeito que preferem. Em provas e concursos temos que atentar para a
simplicidade e para o modo de entender dominante e/ou do examinador.
Aquela nossa tese e opinião inovadora, devemos guardá-la para a ocasião
própria, que certamente não é a do concurso.
Tenha
sempre humildade intelectual. Não queira parecer mais inteligente que o
examinador ou criticá-lo. Não se considere infalível, sempre prestando
atenção mesmo a questões fáceis ou aparentemente simples. Nunca
despreze uma opinião diversa.
"Teoria
do consumidor". Além desses cuidados, temos que ter um extra com
alguns examinadores. Lembre-se que todo professor, quando aplica uma
prova é, na prática, um examinador. A grande maioria dos examinadores
aceita que o candidato tenha uma opinião divergente da sua. Há, contudo,
alguns mestres e bancas um tanto mais inflexíveis, casos em que será
exigido do candidato uma dose de fluidez, docilidade, suavidade e
brandura.
Junte-se a isso o
ensino daqueles que sabem atender ao consumidor: o importante é
satisfazer o cliente, o cliente tem sempre razão, o atendimento é tão
importante quanto o produto.
Esta técnica ensina que o candidato deve ser prudente e pragmático.
Pragmatismo,
anote-se, é a "doutrina segundo a qual a verdade de uma proposição
consiste no fato de que ela seja útil, tenha alguma espécie de êxito ou
de satisfação".
O candidato precisa ter fluidez e maleabilidade suficientes para moldar-se à eventual inflexibilidade do examinador.
Se
o seu professor só considera correta uma posição, devemos ter cuidado
ao responder pois a prova não é a ocasião mais adequada para um
enfrentamento de idéias, até porque ele é quem dá a nota, havendo uma
grande desigualdade de forças. Existem os momentos adequados para firmar
nossas opiniões e pontos de vista e isso é absolutamente
indispensável, desde que na hora certa.
Letra
legível, palavras audíveis. Se o examinador não consegue decifrar sua
caligrafia nem ouvir sua voz, isso irá prejudicar a quem? Quem tem o
maior interesse em ser lido, ouvido e entendido? Será que todos os
examinadores, profissionais ocupados e atarefados, diante de centenas
ou de milhares de provas para corrigir, terão tempo e compreensão
diante de uma letra ilegível? Na hora da prova faça letra bonita, de
preferência redondinha (ou, no mínimo, em caixa alta), a fim de que ela
fique legível. Treine sua oratória para saber falar razoavelmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário